sábado, 18 de julho de 2009

Hoje é dia de ...

  • Dia do Trovador
A partir desse século, Portugal começava a afirmar-se como reino independente, embora ainda mantivesse laços econômicos, sociais e culturais com o restante da Península Ibérica. Desses laços surgiu, próximo à Galícia (região ao norte do rio Douro), uma língua particular, de traços próprios, chamada galego-português. A produção literária dessa época foi feita nesta variação lingüística. A cultura trovadoresca refletia bem o panorama histórico desse período: as Cruzadas, a luta contra os mouros, o feudalismo, o poder espiritual do clero.

O período histórico em que surgiu o Trovadorismo foi marcado por um sistema econômico e político chamado Feudalismo, que consistia numa hierarquia rígida entre senhores: um deles, o suserano, fazia a concessão de uma terra (feudo) a outro indivíduo, o vassalo. O suserano, no regime feudal, prometia proteção ao vassalo como recompensa por certos serviços prestados. Essa relação de dependência entre suserano e vassalo era chamada de vassalagem. Assim, o senhor feudal ou suserano era quem detinha o poder, fazendo a concessão de uma porção de terra a um vassalo, encarregado de cultivá-la.

Além da nobreza (classe que pertenciam os suseranos) e a classe dos vassalos ou servos, havia ainda uma outra classe social: o clero. Nessa época, o poder da Igreja era bastante forte, visto que o clero possuía grandes extensões de terras, além de dedicar-se também à política. Os conventos eram verdadeiros centros difusores da cultura medieval, pois era neles que se escolhiam os textos filosóficos a serem divulgados, em função da moral cristã. A religiosidade foi um aspecto marcante da cultura medieval portuguesa. A vida do povo lusitano estava voltada para os valores espirituais e a salvação da alma.

Nessa época, eram freqüentes as procissões, além das próprias Cruzadas - expedições realizadas durante a Idade Média, que tinham como principal objetivo a libertação dos lugares santos, situados na Palestina e venerados pelos cristãos. Essa época foi caracterizada por uma visão teocêntrica (Deus como o centro do Universo). Até mesmo as artes tiveram como tema motivos religiosos. Tanto a pintura quanto a escultura procuravam retratar cenas da vida de santos ou episódios bíblicos. Quanto à arquitetura, o estilo gótico é o que predominava, através da construção de catedrais enormes e imponentes, projetadas para o alto, à semelhança de mãos em prece tentando tocar o céu.

Na literatura, desenvolveu-se em Portugal um movimento poético chamado Trovadorismo. Os poemas produzidos nessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos. (Trovadores - poetas que compunham a letra e a música de canções. Em geral uma pessoa culta - Menestréis - músicos-poetas sedentários; viviam na casa de um fidalgo, enquanto o jogral andava de terra em terra - , Jograis - cantores e tangedores ambulantes, geralmente de origem plebéia - e Segréis - trovadores profissionais, fidalgos desqualificados que iam de corte em corte, acompanhados por um jogral) Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhados por instrumentos de corda e sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.

Conceito de Trova - Conhece-se Trovas escritas nas línguas derivadas do Latim situadas na Península Ibérica, a saber: Português, Galego, Espanhol e Catalão, nos séculos X e XI. A Trova teria surgido junto com o alvorecer das línguas derivadas do Latim, as chamadas línguas romances. A Trova possui o seu conceito plenamente estabelecido: é o poema de quatro versos setissílabos com rima e sentido completo. Já Quadra é toda estrofe formada por quatro linhas de uma poesia. Assim, não é verdade que Quadra e Trova sejam a mesma coisa e que a Trova evoca mais os Trovadores da Provença Medieval e que a Quadra seria uma forma de se fazer poesia mais moderna. A Quadra pode ser feita sem métrica e com versos brancos, sem rima. Aí então será só uma quadra sem ser a Trova que obrigatoriamente terá que ser metrificada. Trova, nos dias atuais, é cultuada como Obra de Arte, como Literatura.

A origem da Poesia Trovadoresca Medieval (que não pode ser confundida com a trova-quadra moderna nem a daqueles tempos recuados) perde-se no tempo, contudo foi a criação literária que mais destaque alcançou entre as formas poéticas medievais, originárias de Provença, Sul da França. Expandiu-se no século XII por grande parte da Europa e floresceu por quase duzentos anos em Portugal, França e Alemanha. O Trovador Medieval representava a glorificação do amor platônico, pois a dama que era a criatura mais nobre e respeitável da criação, a mulher ideal, inacessível para alguns, passava a ser a pessoa a quem o referido Trovador endereçava os seus líricos versos. Os primeiros Trovadores Modernos a fazerem Trovas sistematicamente para publicação, surgiram no século passado em Espanha e Portugal, na esteira dos folcloristas que as recolhiam em meio ao povo.

Sobre a gênese da Trova Medieval, por falta de documentos sobre o folclore na Idade Média, os historiadores consideram a mesma imprecisa. Não há dados concretos que estabeleçam a época certa do surgimento da Trova Medieval. O que se tem registrado é que, entre 1.100 e 1.300, escritos de autores Espanhóis e Portugueses utilizavam, como recurso auxiliar, composições poéticas hoje reconhecidas como formas das primeiras manifestações trovadorescas (ou seja, da trova medieval - que é sinônimo, hoje, de poesia metrificada. Não se pode confundir com trovistas -- que trata da trova-quadra, a nossa quadra) de que se tem conhecimento.

No século XI, com o início da reconquista cristã da Península Ibérica, o galego-português consolida-se como língua falada e escrita da Lusitânia. Os árabes são expulsos para o sul da península, onde surgem os dialetos moçárabes, a partir do contato do árabe com o latim. Em galego-português são escritos os primeiros documentos oficiais e textos literários não latinos da região, como os cancioneiros (coletâneas de poemas medievais), surgindo os Trovadores Medievais.

Trovadorismo – Foi um movimento poético propulsor de todo o lirismo medieval. Seu grande impulsor foi o duque de Aquitânia e conde de Poitier, Guilherme (1071-1127). Guilherme de Aquitânia gostava de compor cantigas e poemas, até então reservado apenas aos jograis e menestréis.

Trovador – É uma palavra da língua d oc, acusativo singular de trobaire (poeta), proveniente do verbo trobar (inventar, achar). Entre 1 200 a 1240 existem cerca de 400 trovadores provençais, cuja obra era reunida em Cancioneiros manuscritos (chansoniers) e cujas biografias foram publicadas por Uc de Saint Circ.

  • Dia dos Veteranos de Guerra
Alguns veteranos carregam sinais visíveis do que foi seu serviço: membros amputados, cicatrizes e um certo olhar diferente. Outros podem carregar as evidências dentro de si mesmos...uma alma tocada pela tragédia da guerra jamais esquece as adversidades por que passou. Exceto nos desfiles, os homens e mulheres que defenderam bravamente seus países não vestem emblemas ou fardas. Não conseguimos identificar um veterano de guerra logo que o vemos.

Quem é o veterano de guerra? É aquele que passou seis meses na Arábia Saudita carregando galões de combustível nas costas, para garantir que seus companheiros dos tanques não ficassem sem combustível. É a enfermeira - ou enfermeiro - que lutou contra a futilidade da vida e decidiu ser abnegado, refutando suas horas de sono em prol dos feridos. É aquele que foi embora sendo uma pessoa e voltou outra, totalmente diferente - ou às vezes nem conseguiu voltar. É o instrutor tático que nunca viu uma batalha sequer, mas salvou muitas vidas ensinando os soldados a cuidarem de si mesmos e de seus companheiros.

É aquele senhor idoso que está agora segurando uma sacola de supermercado, lento e pensativo, que ajudou a libertar inúmeras pessoas de campos de concentração nazistas, enquanto rezava o dia inteiro para poder voltar e abraçar sua família...e receber um afago da esposa quando viessem os pesadelos. É aquele herói anônimo, que morreu nos campos de batalha ou nas profundezas do oceano, e não pôde ter seu valor reconhecido. É uma pessoa comum, mas ainda assim um ser humano extraordinário, uma pessoa que ofereceu os mais importantes anos de sua vida a serviço de seu país, que sacrificou suas ambições para que outros não tivessem que sacrificar as deles.

A cada vez que víssemos algum veterano de guerra devíamos simplesmente lembrar de agradecê-los. É o melhor reconhecimento que a maior parte das pessoas precisa e, na maioria dos casos, significa mais do que quaisquer medalhas que eles possam ter ganho! Fonte: Korean War Veterans Association

  • Dia da Coroação de D. Pedro

Fonte: www.quediaehoje.net


Nenhum comentário:

Postar um comentário