terça-feira, 28 de abril de 2009

HOJE É DIA DE ...

Dia do Cartão-postal 

O Brasil instituiu o cartão-postal pelo Decreto nº 7695, de 28 de abril de 1880, proposto pelo Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, conselheiro Manuel Buarque de Macedo, integrante do gabinete que subiu ao poder em 28 de março de 1880. Disse o proponente em sua exposição de motivos a D. Pedro II: Segundo Vossa Majestade Imperial se dignará ver, a primeira de tais alterações é a que estabelece o uso dos bilhetes-postais geralmente admitidos nos outros Estados e ainda em França, onde aliás houve durante algum tempo certa repugnância ou hesitação em os receber; os bilhetes-postais são de intuitiva utilidade para a correspondência particular ,e, longe de restringir o número de cartas, como poderá parecer, verifica-se, ao contrário que um dos seus efeitos é aumentá-lo.

Na ocasião ocupava a Direção da Repartição dos Correios, Luís Plínio de Oliveira, nomeado para o cargo em 1865, depois de ter publicado três anos antes, o Relatório sobre a Organização dos Correios da Inglaterra e França.

A idéia do cartão-postal é bem simples. Um pequeno retângulo de papelão fino, destinado a circular pelo Correio sem envelope, tendo uma das faces destinada ao endereço do destinatário, na se qual encontrava impresso o selo postal, reservando-se a outra para mensagem. O porte do cartão inferior ao das cartas comuns e a dispensa do uso do envelope tornava a correspondência mais fácil e mais barata. O sucesso dos postais foi imediato. Os primeiros cartões-postais emitidos (hoje conhecidos como inteiros–postais) constituíam monopólio oficial.

Passados alguns anos, vários países em fins do século XIX começaram a autorizar as indústrias particulares a imprimirem alternativamente cartões-postais para circularem pelos correios depois de apostos selos no valor do porte fixado. Esta modificação, na aparência pouco relevante para o postal considerado como forma de correspondência, representou estímulo significativo ao seu uso, pois na parte antes destinada à mensagem, começaram a ser impressas gravuras dos mais diferentes tipos.

Para que a mensagem pudesse ser escrita, a gravura em geral não cobria toda a face que lhe era destinada, ocupando apenas parte, por vezes menos do que a metade. O apelo visual e a diversidade de gravuras em preto e branco ou a cores, despertou o interesse em guardar os cartões-postais que recordavam viagens, ou eram recebidos de amigos, além daqueles obtidos por compra ou troca. Com isto nasceu o colecionismo. O passo seguinte para popularizar o uso dos postais resultou da autorização legal para dividir a face destinada ao endereço em duas partes: uma a ele destinado, outra para a mensagem. Com isto as imagens ganharam mais espaço para impressão.

Curiosamente, hoje em dia, há mais de um século do nascimento do cartão, vez por outra ainda se indaga: o que é um cartão-postal? A pergunta em geral decorre do fato de que muitas pessoas (até mesmo colecionadores) julgam que qualquer cartão ilustrado, com dimensões semelhantes às dos postais, e eventualmente circulado pelos Correios, é cartão-postal. A dúvida também existe em outros países, haja vista que J. R. Burdick, em seu livro Pioneer Postcards (p. 9/10),procura, com todo acerto, respondê-la: Deve ser lembrado de que é sempre possível enviar qualquer peça de papelão através dos Correios. Tudo o que é necessário é endereçar e colocar os selos exigidos pelo governo [...] Existem muitos exemplos conhecidos de antigos álbuns contendo cartões de propaganda ou de cumprimentos assim circulados, embora tais cartões não fossem destinados a ser remetidos pelos Correios. Tal circulação não lhes dá o status de cartão-postal, uma vez que permanecem apenas como peça de mercadoria (cartão ilustrado) que foi endereçado e postado. O critério não é que um cartão tenha sido enviado pelo correio, mas que o cartão tenha sido feito com a intenção de ser usado, em si mesmo, como mensagem postada no correio ou como lembrança [...] Assim elimina-se da coleção de cartões-postais os milhões de cartões de propaganda, cartões de álbuns ou ilustrados, e outras novidades que não tenham indicações de que originalmente foram feitos com a intenção de utilização postal .

Vale acentuar, todavia, que um cartão contendo reprodução de fotografia ou qualquer outra ilustração, sem a indicação de que foi feito para circular pelo correio sem envelope, e que portanto não possa ser considerado cartão-postal para efeitos de Cartofilia, não perde o valor. Colecionadores de outra grei podem dispensar-lhe particular interesse, e atribuir-lhe até, conforme o caso, valor (preço) superior ao do cartão-postal. Depois que os cartões-postais passaram a interessar à indústria particular, multiplicaram-se os editores em todos os países, e com eles o registro dos diferentes aspectos da presença coeva ou pretérita do Homem no mundo e do vasto ambiente geográfico em que vive. Para compreender esta multiplicidade de olhares sobre o ambiente natural e social, sobre a vida quotidiana, deve atentar-se para a inexistência na época de modernos meios de rápida transmissão à distância, como o rádiofoto, televisão, fax, internet, etc.

O cartão-postal, como vetor de imagens, supria através do mundo a falta desses meios de divulgação. Os editores de postais porfiavam em registrar o mais rápido possível eventos do dia-a-dia. Em 3 de julho de 1906 incendiou-se a Igreja de S. Miguel, na cidade de Hamburgo, três dias depois um correspondente enviou ao amigo no Brasil cartão-postal com a fotografia do sinistro. A mensagem de outro cartão, com detalhes de uma catástrofe marítima, datado de 20 de abril de 1912, diz: envio-te este postal do lindo Titanic, naufragado a (sic) quatro dias.... Mais rápido ainda, um postal despachado para o Brasil, de Berlim, em 1913. exibe a foto do desastre do dirigível alemão L. II, ocorrido ontem.

As edições sucediam–se fascinando milhares de pessoas que, de repente, – diz Victorino Chermont de Miranda (A memória paraense no cartão-postal, p. 14) como que se transportavam para latitudes nunca dantes suspeitadas, descobrindo novos horizontes e costumes, na fraternidade daquele hobby que, de certa forma, antecipou para os nossos pais e avós a idéia da aldeia global, que os meios de comunicação viriam a consolidar em nossos dias, tornando-nos próximos e presentes dos grandes lances e tragédias de todo o mundo.

Uma coleção de cartões-postais oferece ao colecionador atento à riqueza das imagens neles eternizadas verdadeira enciclopédia pela imagem. Com o fim da Idade de Ouro, os postais e suas coleções foram sendo abandonados, e muitas vezes destruídos ou entregues aos azares do tempo. Pior, ficou esquecido o tesouro de informações que neles existia e que o tempo destruía, mas também o valorizava como documentação iconográfica da maior significação. Porque, na verdade, seus editores não se limitaram a registrar temas condizentes com os sentimentos socialmente aceitos na época, abandonando os que revelavam a pluralidade de pontos de vista ou transgrediam as normas éticas; nem sempre preferiram o nobre e o grande, desprezando o insignificante ou atípico. Do contrário os cartões não teriam o apelo que surge, principalmente do que eles exibem da simultaneidade dos contrastes.

A concepção, que em nossos dias freqüenta a mídia, do cartão como divulgador apenas da beleza panorâmica, a ponto de certas paisagens de cidades e regiões serem conhecidas como o seu cartão-postal, impede tenha-se idéia das dimensões que este meio de divulgação de imagens atingiu durante a sua Idade de Ouro. [...} Entesourasse o postal apenas o permanente, o natural ou construído pelo homem, e não o transitório dos acontecimentos e do progresso, e jamais seria descoberto o sentido que o transformou em objeto de colecionismo através dos tempos. [...] A extrema variedade das ilustrações dos postais, tornou-os verdadeiros documentos dos quais podem valer-se historiadores, antropólogos, artistas, para conhecimento dos tempos pretéritos. {...] Quando se percebe que os postais conservam instantes de trajetórias humanas, quando se reflexiona sobre a riqueza de formas e sugestões que neles se condensa e irradia, compreende-se que proporcionam uma visão humanística do Mundo em que vivemos, pois cada imagem traduz um ato de escolha, demonstra preferência, privilegia aspecto da vida dentro de perspectivas sociais vigentes, ensaia uma interpretação da realidade (Elysio de Oliveira Belchior, Temática em Cartofilia Clássica, Boletim da Sociedade Brasileira de Cartofilia, nº 06, jul./dez. 1988).

Dia da Sogra 
Membro da família que sempre foi alvo de pilhérias, geralmente encontramos nela nossa segunda mãe.

Dia da Educação 
Todo dia é dia de aprender e ensinar, e nunca damos importância a isso; talvez seja a hora de começarmos a mudar de verdade a triste realidade da educação nacional em um futuro promissor.

Dia do Cartão-postal 

O Brasil instituiu o cartão-postal pelo Decreto nº 7695, de 28 de abril de 1880, proposto pelo Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, conselheiro Manuel Buarque de Macedo, integrante do gabinete que subiu ao poder em 28 de março de 1880. Disse o proponente em sua exposição de motivos a D. Pedro II: Segundo Vossa Majestade Imperial se dignará ver, a primeira de tais alterações é a que estabelece o uso dos bilhetes-postais geralmente admitidos nos outros Estados e ainda em França, onde aliás houve durante algum tempo certa repugnância ou hesitação em os receber; os bilhetes-postais são de intuitiva utilidade para a correspondência particular ,e, longe de restringir o número de cartas, como poderá parecer, verifica-se, ao contrário que um dos seus efeitos é aumentá-lo.

Na ocasião ocupava a Direção da Repartição dos Correios, Luís Plínio de Oliveira, nomeado para o cargo em 1865, depois de ter publicado três anos antes, o Relatório sobre a Organização dos Correios da Inglaterra e França.

A idéia do cartão-postal é bem simples. Um pequeno retângulo de papelão fino, destinado a circular pelo Correio sem envelope, tendo uma das faces destinada ao endereço do destinatário, na se qual encontrava impresso o selo postal, reservando-se a outra para mensagem. O porte do cartão inferior ao das cartas comuns e a dispensa do uso do envelope tornava a correspondência mais fácil e mais barata. O sucesso dos postais foi imediato. Os primeiros cartões-postais emitidos (hoje conhecidos como inteiros–postais) constituíam monopólio oficial.

Passados alguns anos, vários países em fins do século XIX começaram a autorizar as indústrias particulares a imprimirem alternativamente cartões-postais para circularem pelos correios depois de apostos selos no valor do porte fixado. Esta modificação, na aparência pouco relevante para o postal considerado como forma de correspondência, representou estímulo significativo ao seu uso, pois na parte antes destinada à mensagem, começaram a ser impressas gravuras dos mais diferentes tipos.

Para que a mensagem pudesse ser escrita, a gravura em geral não cobria toda a face que lhe era destinada, ocupando apenas parte, por vezes menos do que a metade. O apelo visual e a diversidade de gravuras em preto e branco ou a cores, despertou o interesse em guardar os cartões-postais que recordavam viagens, ou eram recebidos de amigos, além daqueles obtidos por compra ou troca. Com isto nasceu o colecionismo. O passo seguinte para popularizar o uso dos postais resultou da autorização legal para dividir a face destinada ao endereço em duas partes: uma a ele destinado, outra para a mensagem. Com isto as imagens ganharam mais espaço para impressão.

Curiosamente, hoje em dia, há mais de um século do nascimento do cartão, vez por outra ainda se indaga: o que é um cartão-postal? A pergunta em geral decorre do fato de que muitas pessoas (até mesmo colecionadores) julgam que qualquer cartão ilustrado, com dimensões semelhantes às dos postais, e eventualmente circulado pelos Correios, é cartão-postal. A dúvida também existe em outros países, haja vista que J. R. Burdick, em seu livro Pioneer Postcards (p. 9/10),procura, com todo acerto, respondê-la: Deve ser lembrado de que é sempre possível enviar qualquer peça de papelão através dos Correios. Tudo o que é necessário é endereçar e colocar os selos exigidos pelo governo [...] Existem muitos exemplos conhecidos de antigos álbuns contendo cartões de propaganda ou de cumprimentos assim circulados, embora tais cartões não fossem destinados a ser remetidos pelos Correios. Tal circulação não lhes dá o status de cartão-postal, uma vez que permanecem apenas como peça de mercadoria (cartão ilustrado) que foi endereçado e postado. O critério não é que um cartão tenha sido enviado pelo correio, mas que o cartão tenha sido feito com a intenção de ser usado, em si mesmo, como mensagem postada no correio ou como lembrança [...] Assim elimina-se da coleção de cartões-postais os milhões de cartões de propaganda, cartões de álbuns ou ilustrados, e outras novidades que não tenham indicações de que originalmente foram feitos com a intenção de utilização postal .

Vale acentuar, todavia, que um cartão contendo reprodução de fotografia ou qualquer outra ilustração, sem a indicação de que foi feito para circular pelo correio sem envelope, e que portanto não possa ser considerado cartão-postal para efeitos de Cartofilia, não perde o valor. Colecionadores de outra grei podem dispensar-lhe particular interesse, e atribuir-lhe até, conforme o caso, valor (preço) superior ao do cartão-postal. Depois que os cartões-postais passaram a interessar à indústria particular, multiplicaram-se os editores em todos os países, e com eles o registro dos diferentes aspectos da presença coeva ou pretérita do Homem no mundo e do vasto ambiente geográfico em que vive. Para compreender esta multiplicidade de olhares sobre o ambiente natural e social, sobre a vida quotidiana, deve atentar-se para a inexistência na época de modernos meios de rápida transmissão à distância, como o rádiofoto, televisão, fax, internet, etc.

O cartão-postal, como vetor de imagens, supria através do mundo a falta desses meios de divulgação. Os editores de postais porfiavam em registrar o mais rápido possível eventos do dia-a-dia. Em 3 de julho de 1906 incendiou-se a Igreja de S. Miguel, na cidade de Hamburgo, três dias depois um correspondente enviou ao amigo no Brasil cartão-postal com a fotografia do sinistro. A mensagem de outro cartão, com detalhes de uma catástrofe marítima, datado de 20 de abril de 1912, diz: envio-te este postal do lindo Titanic, naufragado a (sic) quatro dias.... Mais rápido ainda, um postal despachado para o Brasil, de Berlim, em 1913. exibe a foto do desastre do dirigível alemão L. II, ocorrido ontem.

As edições sucediam–se fascinando milhares de pessoas que, de repente, – diz Victorino Chermont de Miranda (A memória paraense no cartão-postal, p. 14) como que se transportavam para latitudes nunca dantes suspeitadas, descobrindo novos horizontes e costumes, na fraternidade daquele hobby que, de certa forma, antecipou para os nossos pais e avós a idéia da aldeia global, que os meios de comunicação viriam a consolidar em nossos dias, tornando-nos próximos e presentes dos grandes lances e tragédias de todo o mundo.

Uma coleção de cartões-postais oferece ao colecionador atento à riqueza das imagens neles eternizadas verdadeira enciclopédia pela imagem. Com o fim da Idade de Ouro, os postais e suas coleções foram sendo abandonados, e muitas vezes destruídos ou entregues aos azares do tempo. Pior, ficou esquecido o tesouro de informações que neles existia e que o tempo destruía, mas também o valorizava como documentação iconográfica da maior significação. Porque, na verdade, seus editores não se limitaram a registrar temas condizentes com os sentimentos socialmente aceitos na época, abandonando os que revelavam a pluralidade de pontos de vista ou transgrediam as normas éticas; nem sempre preferiram o nobre e o grande, desprezando o insignificante ou atípico. Do contrário os cartões não teriam o apelo que surge, principalmente do que eles exibem da simultaneidade dos contrastes.

A concepção, que em nossos dias freqüenta a mídia, do cartão como divulgador apenas da beleza panorâmica, a ponto de certas paisagens de cidades e regiões serem conhecidas como o seu cartão-postal, impede tenha-se idéia das dimensões que este meio de divulgação de imagens atingiu durante a sua Idade de Ouro. [...} Entesourasse o postal apenas o permanente, o natural ou construído pelo homem, e não o transitório dos acontecimentos e do progresso, e jamais seria descoberto o sentido que o transformou em objeto de colecionismo através dos tempos. [...] A extrema variedade das ilustrações dos postais, tornou-os verdadeiros documentos dos quais podem valer-se historiadores, antropólogos, artistas, para conhecimento dos tempos pretéritos. {...] Quando se percebe que os postais conservam instantes de trajetórias humanas, quando se reflexiona sobre a riqueza de formas e sugestões que neles se condensa e irradia, compreende-se que proporcionam uma visão humanística do Mundo em que vivemos, pois cada imagem traduz um ato de escolha, demonstra preferência, privilegia aspecto da vida dentro de perspectivas sociais vigentes, ensaia uma interpretação da realidade (Elysio de Oliveira Belchior, Temática em Cartofilia Clássica, Boletim da Sociedade Brasileira de Cartofilia, nº 06, jul./dez. 1988).

Dia da Sogra 
Membro da família que sempre foi alvo de pilhérias, geralmente encontramos nela nossa segunda mãe.

Dia da Educação 
Todo dia é dia de aprender e ensinar, e nunca damos importância a isso; talvez seja a hora de começarmos a mudar de verdade a triste realidade da educação nacional em um futuro promissor.

Dia do Joalheiro 
Profissional que atua no ramo de lapidação e acabamento de pedras preciosas em adornos.Profissional que atua no ramo de lapidação e acabamento de pedras preciosas em adornos.


Fonte: www.quediaehoje.net




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