- Dia do Retorno da Viagem à Lua
Os Estados Unidos haviam gasto US$ 25 bilhões, mas, além de vencer a corrida espacial contra os soviéticos, haviam cumprido a promessa feita em 1961 pelo presidente John Kennedy: a de realizar algo grandioso, que conquistasse o coração dos povos. A chegada do homem à Lua foi a maior das aventuras e o maior feito tecnológico de todos os tempos.
Os riscos eram tão altos que, pelos critérios de segurança atuais, provavelmente a viagem não teria sido autorizada. Embora os resultados científicos da missão tenham sido modestos e outros 10 homens tenham pisado o solo lunar até o final do Projeto Apollo, em 1972, nada pode ser comparado à força simbólica daquele passo.
Nunca mais houve outro momento igual, nem outra demonstração tão forte da vontade, da curiosidade e da ambição humana e do seu flamejante e invencível impulso de conquistar as estrelas. Mais de 1 milhão de pessoas se amontoaram em torno da base de lançamentos de Cabo Canaveral, na Flórida, naquela luminosa manhã de 16 de julho de 1969. Pela TV, 1 bilhão de espectadores acompanhavam a transmissão do evento, que tinha a cobertura de 850 jornalistas de 55 países.
Às 10h32min de Brasília, uma ensurdecedora explosão impulsionou para o espaço o foguete Saturno 5, deixando para trás uma colossal fogueira que encantou e assustou o público. A ignição acelerou o gigante de 110 metros de altura (equivalente a um prédio de 35 andares) e mais de 3 mil toneladas de peso – 70% correspondia ao combustível, uma mistura de oxigênio líquido e querosene – a uma velocidade de 40 mil km/h, suficiente pôr a caminho da Lua a pequena Apollo 11, de 45 toneladas, alojada no seu bico.
A bordo, Neil Armstrong, um tímido piloto de testes da Força Aérea dos Estados Unidos e veterano da Guerra da Coréia, comandava a missão. Os pilotos Buzz Aldrin e Michael Collins, também veteranos da Força Aérea, completavam a tripulação. Os três homens, todos com 38 anos, tinham pela frente uma viagem de oito dias, cujo ponto culminante estava marcado para dali a quatro, quando Armstrong e Aldrin tornariam-se os primeiros homens a pôr os pés na Lua. A Apollo 11 era formada por três módulos: o Columbia, com escassos seis metros quadrados, era o de comando.
Os astronautas sentavam-se lado a lado em poltronas individuais, tendo à frente deles e nas laterais os instrumentos de comando. As camas ficavam embaixo dos assentos. Havia ainda armários com alimentos desidratados e um banheiro, na verdade um canto onde os astronautas se aliviavam em bolsas de plástico. Atrás do Columbia ficava o módulo de serviço, com os tanques de oxigênio e combustível, e o Eagle, que seria usado para a alunissagem. Pequenos foguetes também usadas para evitar que a Apollo assasse no seu lado voltado para o Sol e congelasse no outro. Eles faziam a nave girar sobre seu eixo, como um espeto giratório. A cada 20 minutos, a nave dava uma volta completa sobre si mesma, distribuindo igualmente o calor e o frio.
Quem pilotava a nave, na verdade, eram as leis da física, segundo a qual astros celestes atraem corpos como imãs. Assim, os foguetes da Apollo 11 foram acionados durante apenas três minutos, tempo suficiente para fazer a nave escapar do campo gravitacional da Terra e ser atraída pela da Lua. O procedimento foi repetido na viagem de volta. Finalmente, no dia 24 de julho, Armstrong, Aldrin e Collins mergulhavam no sul do Pacífico, encerrando um dos maiores capítulos da história da humanidade. Depois de oito dias no espaço, estavam loucos por um banho.
Fonte: www.quediaehoje.net
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